VI-ME UVA
Na Vinha linda da vida...
Quando jovem, pendurado em parreira,
Sentia-me uva doce de um cacho forte,
Brilhante e com sustança.
Enfeitava e dava orgulho à Vinha,
Sentia-me ver o mundo com confiança.
Com o passar do tempo,
Com os abraços não dados, não recebidos,
Abraços sem pressa e sem tempo,
Com a ausência da chuva de afeto,
Com a falta do adubo-beijo do carinho...
- Pendurado em meu cantinho e quieto -
Com o forçado viver sem paixão
(Motivação maior para o ser sentimental)
Sinto-me agora, um coração banal.
Sinto que ainda permaneço uva...
Agora; emurchecida,
Pequenininha,
Encarquilhada,
Encolhida.
Miúda uva, um quase nada,
Que com o tempo passa...
Final de performance:
Enrrugadinha...,
Uva passa.
Mas, ainda doce!
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