POÉTICA
Coceira gostosa nos galhos seculares
A se esfregarem rangendo novos paladares.
Os pássaros ensaiando notas musicais
Na sinfonia universal do despertar em ais.
A velha poesia em morosa demolição natural
Como antigos casarões alimentados pelo fatal.
As idas e vindas famosas, infatigáveis,
Das formigas miúdas e abelhas afáveis.
A adoção do casal branco, em matrimônio,
De um negrinho, infinitizando de amor o patrimônio.
Um beijo estala no ar agasalhando a distância
A mulher madura volta a ter desejos de infância.
Um relâmpago estremece o interior do céu
E acalma das flores a abandonada alma-véu.
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