DA AUSÊNCIA (Pitadas de Lua)
A rua arruaça a etérea linda imagem
Da menina que não mais a atravessa,
A noite é antiga, é grafite e azul,
Veste-se de vento gélido intermitente.
Onde a criaturinha amada
Que não atravessando a rua?
Tudo é sombrio e só reflexos,
Sem o olhar faiscante,
Sem sorriso de encontro.
Não recebe mais na testa
Os pingos que são pitadas de lua.
Sem ela o caminho falece,
O coração não nos obedece
Com a ausência da amada
O vazio despreencheu de graça
A encruzilhada do destino.
Minha permanência neste local
Frente a frente com tal ausência
Relembra um passado lindo,
Pobre, lindo, forte, lindo,
Ameaçador, lindo, temerário, lindo.
Desfiapa a cor anoitecida,
Desfila cores esmaecidas,
Alinhava espera(nças),
Borda desencontros,
Pesponta insatisfações,
Dobra e guarda perdões.
A ausência vai crescendo
Costurando a rua de saudade!
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